terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Religião e sua Influência no Comportamento Social Humano

Oi oi gente!!!

Há alguns dias fiz um trabalho acadêmico que me rendeu muita satisfação (pessoal). Pude através deste esclarecer muitas duvidas, e ir além das pesquisas exigidas pelo professor. Aqui está uma parte deste. Espero que gostem.


"Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda,
os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra dizendo: Este é o caminho,
Andai por ele."
(Isaías 30:21)




A Religião: Conforta ou Reprime?
Sem o reconhecer de sua origem, o homem permanece caçador de si mesmo, e ainda pergunta: quem sou eu? De onde eu venho? Porque existe o mal e qual é a solução? Estas perguntas soam nos corredores da historia por todos os tempos, até que o homem aceite a resposta do Criador. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Genesis 1:27).
Existem algumas filosofias que respondem às perguntas acima, dentre elas:
O Naturalismo, que prega que o que se originou foi devido as leis naturais do universo. Nega a realidade transcendente. Você tem oitenta anos debaixo do sol e mais nada. Está permeando a ciência e daí veio o positivismo, o materialismo e o secularismo ateu.
O Panteísmo, diz que a deidade está nas forças e processos da natureza. Tudo o que existe possui uma parte da divindade e nesta filosofia não existe uma distinção definida entre o Criador e a criatura. O misticismo enfatiza tanto o sagrado como o divino.
O Teísmo prega que existe um Deus Criador, Sustentador e Soberano no Universo. Acredita que, com a entrada do pecado, alterou a criação divina. Entende que Deus está em Cristo restaurando Sua criação.
A partir disso podemos tirar a seguinte conclusão: No naturalismo, Deus está em tudo. No panteísmo, Deus está em nada. No teísmo, há um Deus soberano que criou tudo na mais perfeita ordem, mas o pecado corrompeu, alterando então sua criação divina.
No período da Idade Média, existiram alguns pontos que a caracterizam como Idade das Trevas, exatamente pelo fato de desfigurarem a mensagem bíblica e a aplicarem às pessoas como achavam que seria melhor. A igreja citava normas e regras, e as pessoas eram obrigadas a seguirem. Caso não o fizessem, iriam para o purgatório (Lugar onde se purificam as almas que, não merecendo o Inferno, não podem, contudo, entrar no Céu sem expiarem a culpa) ou diretamente para o inferno quando morressem.
Naquela época, quem nascia pobre, escravo, seria pobre e escravo pelo resto de sua vida. A igreja não permitia que um pobre que queria ser rico o fosse. Então, a igreja pregava que fazendo isso, a pessoa iria para o inferno. Hoje, sabemos que nós fazemos nosso destino.
A Idade Média também foi a época em que, na Igreja, o padre era como Deus na Terra, a autoridade máxima da igreja. Por isso, vendiam indulgências, alegando que assim poderiam comprar um pedaço de terra no céu, e assim não iriam mais para o inferno ou para o purgatório. Quando alguém já havia morrido e havia cometido muitos pecados, alguém que ainda estava vivo poderia pagar por uma indulgencia, salvando assim aquele que havia falecido.
Um dos piores pecados que poderiam ser cometidos eram os desejos e as vontades carnais. É por isso que, quando um homem sentia desejo por uma mulher, esse desejo era considerado impuro. Então, ele pegava um chicote e se auto-flagelava. A  penitencia surgiu nesse aspecto. Quando Martinho Lutero viu, se escandalizou. A partir de então, escreveu as 95 teses, apontando os erros da igreja, para que assim esta se corrigisse.
Há uma frase de Lutero que me tocam muito e tem sido inspiração para minha vida. Quando o parlamento se reuniu para apontá-lo como errado e mandaram que ele voltasse atrás quanto às teses, ele disse que, se por meio da Bíblia fosse provado que ele estava errado, ele voltaria atrás. Pelo contrário, manteria suas palavras e lutaria para que estas não fossem deixadas de lado e sim, postas em prática.
O Comportamento da Igreja na Idade Média
Não podemos falar de cultura e religião dentro da sociologia sem nos lembrarmos dos conflitos da idade média. Prosseguindo com o assunto, encontramos na história como a mulher era vista perante a sociedade.
Neste período, a mulher era vista como uma mera procriadora, sem mais afinidades. Então, estas começaram a se tornar uma ameaça para a sociedade a partir do momento em que começaram a ler e a escrever, começaram a abrir a mente e perceber que também tinham esses direitos. Foi o que causou a perseguição das bruxas. Isso tudo foi uma construção social para alienar as pessoas da verdade, de que as coisas não funcionavam daquele jeito dentro dos critérios de Deus. As mulheres eram consideradas bruxas até mesmo quando eram maltratadas pelos homens. Totalmente humilhadas e mortas. Jogavam-nas ao rio, se afundassem e morressem, era porque eram inocentes e não bruxas, mas já estavam mortas e não havia o que ser feito. Caso flutuassem e saíssem nadando, eram consideradas bruxas e mortas da mesma forma. Eram torturadas e espancadas até a morte.
Neste período, a autoridade divina e supraterrena era o maior ponto de referencia que poderiam obter, por isso, ensinavam coisas dizendo que, era ordem de Deus.
Este período se encerrou quando começou o Iluminismo, que abriu a mente das pessoas e as fez enxergar que, existe um esclarecimento através da razão. É o predomínio da Razão pela fé.
 A Religião Hoje
Desde o período da Idade Média, muita coisa mudou. Perante a sociedade, todos tem direitos de ir e vi livremente, de ler a Bíblia, de ler e escrever, independente de sua raça, cor, sexo, origem.  Mas, podemos perceber que ainda existem culturas em que o ato de “ser livre” é incorreto e extremamente perturbador.
Podemos dizer que a Religião é um fato social. O modo como esta se empenha sobre a vida de cada pessoa me faz pensar que ela tem o poder de alienar. Pessoas seguem sua religião tão à risca, afastando de si a probabilidade de conhecer novos horizontes, fechando-se em uma caverna.
A partir do momento que existe uma crença, existe alienação em algum meio. É necessário que não se tenha preconceito ou receio de conhecer todas as verdades. Por exemplo: quando uma pessoa pensa que só suas ideias, só o que ela aprendeu, só a doutrina de sua religião ou crença está certa, ela se torna automaticamente uma pessoa alienada. E a partir daí, sua igreja terá o poder sobre ela.
A religião afasta, muitas vezes cega, e deixa de nos fazer enxergar o que há de melhor. São simbologias, representações e ações coletivas. Também não podem ser confundidos com fenômenos psíquicos, pois estes, por mais generalizados que sejam, não tem existência fora de uma consciência individual e é dependente dela.
Vamos olhar agora para Cristo como sociólogo e antropólogo. Ele teve o intuito de mudar a sociedade para melhor. Cristo é tão humano que só poderia ser divino, só poderia ser Deus. Ele era tão simples, tão humilde, que fugia da compreensão da humanidade e só poderia ser Deus. 
Em Israel, um leproso tinha que andar batendo um sino e gritando “imundo! Imundo!”. No contexto social de Cristo era essa a realidade, mas Cristo chegava perto dos leprosos e os curava. Ele transformava o ser imediatamente. Mudava a compreensão humana.
A mulher, só servia para procriar. Quando estava em menstruação, era imunda. Houve um dia que uma estava em hemorragia continua, por anos. Ela soube que o Mestre estava vindo, mas para ela se aproximar do Mestre, ela não poderia tocar nas pessoas. Quando ela toca em Cristo, nas vestes de Cristo. Neste momento, Cristo parou, pois era sensível ao toque do outro. Então diz: De mim saiu poder! Ele olha para trás, olha para a mulher e diz: A sua fé te curou!
Isso nos ensina que para defendermos alguém, devemos ser sensíveis. Defender o direito do outro, olhar com os olhos do outro. A criança, na época de Cristo, era comparada a um animal. Cristo rompe o paradigma de uma época. Pois ele ensina a amar os inimigos, ensina a amar as crianças e que o reino de Deus é delas. Ele era capaz de ter algumas compreensões bem interessantes. 


 “Você sabe quem é pelo que você tem ao seu redor, pelo que capta sua inteligência, e ou pelo que crê a sua fé. O homem se situa pelo espaço, pelo tempo e por sua espiritualidade.”                 (Jéssica Tonete)


“O homem é a medida de todas as coisas; Das coisas que são, enquanto são; Das coisas que não são, enquanto não são.”                      
   (A verdade, Protágoras)


D's Abençoe todos nós!